Se produz clones e se pretende ir à Marte, mas se evita gatos pretos e se bate na madeira....
Darwin explica: supersticiosos foram favorecidos pela seleção natural. Mitos e rituais não funcionam. Acontece que os precavidos, entre os quais se encontram os supersticiosos, geram mais descendentes. É a conclusão de um estudo das Universidades Harvard e de Helsinque, que combinou comportamento e modelos matemáticos.
Na verdade ninguém está imune. "Todos podemos nos inclinar ao sobrenatural, dependendo das circunstâncias", diz Bruce Hood da Universidade de Bristol. "Há poucos ateus num avião que está enfrentando uma turbulência acima de 30.000 pés".
Origem de algumas superstições e simpatias:
Gato preto – na Idade Média, acreditava-se que os gatos eram bruxas disfarçadas. Por isso a tradição diz que cruzar com gato preto é azar na certa.
Número 13 – está na Bíblia, Última Ceia havia 13 à mesa, Jesus e 12 apóstolos. E como Cristo foi para cruz numa sexta feira, quando é dia 13, é azar em dobro.
Passar embaixo de escada – não precisa ser invasor de um castelo para concordar que passar embaixo de uma é geralmente má ideia.
Figa – o polegar entre os dedos representa o órgão masculino penetrando o feminino. De símbolo de fertilidade, passou a ser usada contra mau olhado.
Bater na madeira – para os celtas, as árvores eram morada dos deuses. Logo, seus sacerdotes batiam nelas para afugentar maus espíritos.
Pé de coelho – nos duros invernos medievais, era hábito dos camponeses ter coelhos para se esquentar. Do calor veio a associação com sorte.
Origem: Revista Super Interessante - dez 2009 - edição 272
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