Ao longo de 3 décadas, Antonio Henrique criou aproximadamente meia centena de símbolos e signos. Em permanente rotação, esses símbolos e signos ganham novos significados em função do encandeamento de fases e épocas de sua pintura e do relacionamento de sua obra com a realidade do país, do continente e do mundo.
Um dos grandes pintores vivos da América Latina, transita com absoluta naturalidade e competência na atmosfera cultural. Ele absorve em sua pintura várias das características da melhor arte continental, mas sem perder sua individualidade, que é forte e original. Artista resistente, não se submeteu nunca aos modismos internacionais ou aos modelos e pautas euro-norte-americanos, mesmo quando residiu fora do Brasil. Do hiper-realismo, por exemplo, aproveitou apenas a metodologia de trabalho, tendo a fotografia como base, mas manteve o tom colérico, ainda que numa linguagem cool. Criou uma iconografia própria, inconfundível, crítica e resistente, através da qual expressa uma realidade brasileira e latino-americana. Tem abordado questões regionais, mas de impacto internacional e validade universal, como o assassinato político, o desmatamento da Amazônia, a poluição industrial.
Melância
Um dos grandes pintores vivos da América Latina, transita com absoluta naturalidade e competência na atmosfera cultural. Ele absorve em sua pintura várias das características da melhor arte continental, mas sem perder sua individualidade, que é forte e original. Artista resistente, não se submeteu nunca aos modismos internacionais ou aos modelos e pautas euro-norte-americanos, mesmo quando residiu fora do Brasil. Do hiper-realismo, por exemplo, aproveitou apenas a metodologia de trabalho, tendo a fotografia como base, mas manteve o tom colérico, ainda que numa linguagem cool. Criou uma iconografia própria, inconfundível, crítica e resistente, através da qual expressa uma realidade brasileira e latino-americana. Tem abordado questões regionais, mas de impacto internacional e validade universal, como o assassinato político, o desmatamento da Amazônia, a poluição industrial.
E ao mergulhar nas contradições de nossa realidade, traz à tona o que há nela de ambíguo, de insólito e de fantástico, essa mescla excitante de barroquismos e sensualidades, de loucura e criatividade, de tropicalidades e delicadezas.
Ao captar e expressar essa "morfologias explosivas flutuanttes", esse mundo embrionário, enfim, esse espaço modificante e instável, ele está criando, juntamente com outros grandes pintores da região, uma metáfora da própria realidade do continente. É o que afirmo em meu livro Artes Plásticas na América Latina: do transe ao transitório (1979), ao localizar na pintura de Xul Solar, Matta, Wilfredo Lam, Tarsila, Tamayo e Amaral, entre outros, um espaço que se modifica a cada instante, um espaço caracterizado por indefinições, que explode silenciosamente no interior da tela, os estilhaços flutuando, indecisos entre permanecer levitando ou romper os limites virtuais do quadro. Um espaço no qual não sabemos se devemos mergulhar ou alçar vôo, um espaço, enfim, que tem muito a ver com a própria realidade mental e cultural da América Latina, incapaz de vôos mais altos ( sair do subdesenvolvimento) e fincar os pés na terra (pois, carece de planos, projetos e teorias). «Frederico Morais»
cordas e bananas
Ao captar e expressar essa "morfologias explosivas flutuanttes", esse mundo embrionário, enfim, esse espaço modificante e instável, ele está criando, juntamente com outros grandes pintores da região, uma metáfora da própria realidade do continente. É o que afirmo em meu livro Artes Plásticas na América Latina: do transe ao transitório (1979), ao localizar na pintura de Xul Solar, Matta, Wilfredo Lam, Tarsila, Tamayo e Amaral, entre outros, um espaço que se modifica a cada instante, um espaço caracterizado por indefinições, que explode silenciosamente no interior da tela, os estilhaços flutuando, indecisos entre permanecer levitando ou romper os limites virtuais do quadro. Um espaço no qual não sabemos se devemos mergulhar ou alçar vôo, um espaço, enfim, que tem muito a ver com a própria realidade mental e cultural da América Latina, incapaz de vôos mais altos ( sair do subdesenvolvimento) e fincar os pés na terra (pois, carece de planos, projetos e teorias). «Frederico Morais»
Fonte: do livro 'BRASILIANart Book'
Um comentário:
Iasmin
tudo bem?
viajei nesse texto, belas imagens adorei!!!
Aproveito pra te perguntar se vc conhece o
livro Corpo sem idade mente sem fronteiras
Autor Depak Chopra ?
beijos
Margareth
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