A saúde frágil e o temperamento arredio confluíram numa obra poética de singular sensibilidade na literatura inglesa. Elizabeth Barrett Browning nasceu em 6 de março de 1806 em Durham. Passou a maior parte da infância numa casa de campo, em Worcestershire, e aos 15 anos contraiu grave doença da qual nunca se recuperou por completo. Em 1836 mudou-se para Londres, onde publicou um volume de poesias, The Seraphim and Other Poems (1838; O serafim e outros poemas). Sua segunda coletânea poética, Poems, by Elizabeth Barrett (1844), teve acolhida entusiástica. Em 1845 ela conheceu o poeta Robert Browning e com ele se casou um ano depois, apesar da oposição do pai. O volume Sonnets from the Portuguese (1850; Sonetos traduzidos do português), originais apesar do título e uma de suas principais obras, constituiu a expressão lírica desse amor. Os Browning se radicaram em Florença e, em 1857, Elizabeth escreveu sua mais ambiciosa obra, Aurora Leigh, extenso poema narrativo, em versos brancos, no qual expressava sua concepção da vida e da arte. Elizabeth Barrett Browning morreu em Florença em 29 de junho de 1861.
"Amo-te quanto em largo, alto e profundo
Minhalma alcança quando, transportada,
Sente, alongando os olhos deste mundo,
Os fins do Ser, a Graça entressonhada.
Amo-te em cada dia, hora e segundo:
À luz do Sol, na noite sossegada.
E é tão pura a paixão de que me inundo
Quanto o pudor dos que não pedem nada.
Amo-te com o doer das velhas penas;
Com sorrisos, com lágrimas de prece,
E a fé da minha infância, ingênua e forte.
Amo-te até nas coisas mais pequenas.
Por toda a vida. E, assim Deus o quiser,
Ainda mais te amarei depois da morte."
Tradução de Manuel Bandeira
Um comentário:
essa poesia é para o meu marido!!
te amo!! Fô
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