segunda-feira, 12 de julho de 2010

Lápis-lazúli


Lápis-lazúli , conhecido também como lápis, é uma rocha metamórfica de cor azul utilizada como gema ou como rocha ornamental desde antes de 7000 aC em Mehrgarh, na Índia, hoje no Paquistão. A sua cor, azul-escura e opaca, fez com que esta gema fosse altamente apreciada pelos faraós egípcios, como pode ser visto por seu uso proeminente em muitos dos tesouros recuperados dos túmulos faraônicos. É ainda extremamente popular hoje. Trata-se de uma rocha, e não de um mineral.
  • A primeira parte do nome «lapis» em latim, significa pedra.
  • A segunda parte «lazuli» é a forma genitiva no latim de lazulum, que veio do árabe (al)- lazward, que veio do persa لاژورد, lāzhward, que veio do sânscrito Raja Warta, significando "anel", "vida do rei".
Lazúli era originalmente um nome, mas logo veio a significar azul por causa de sua associação com a pedra. A palavra em inglês azure, o azul espanhol e português e o azzurro italiano são cognatos.

Os lápis mais valiosos vêm da área de Badakshan do Afeganistão. Shortugai, um povoamento da civilização do Vale do Indo no rio Amu Dária no norte do Afeganistão, perto de minas de lápis-lazúli. Esta fonte dos lápis pode ser a mais antiga das minas no mundo, e as mesmas minas que operam ainda hoje podem ter fornecido os lápis aos faraós e antigos sumérios. Usando esta fonte antiga, os artistas do Vale do Indo lapidavam estas pedras, que comerciantes negociavam nos locais mais distantes. Além dos depósitos afegãos, os lápis são encontrados nos Andes perto de Ovalle, Chile, onde são geralmente mais pálidos que o azul escuro. Outras fontes menos importantes são a região do Lago Baikal na Rússia, a Sibéria, Angola, Myanmar, Paquistão, EUA (Califórnia e Colorado), Canadá e Índia.

Muita poesia suméria e de acádia faz referência ao lápis-lazúli como uma gema própria de esplendor real. Em épocas antigas, o lapis-lazuli ficou conhecido como safira, que é o nome usado hoje para o variedade azul do corindon. Os romanos acreditavam que os lápis eram um poderoso afrodisíaco. Na Idade Média, acreditou-se que mantinha o corpo saudável e a alma livre do erro e do medo. Acreditou-se também que o lápis tinha propriedades medicinais. Era moído e misturado com leite fervido e aplicado em úlceras na pele. Muitos dos azuis pintados nas iluminuras medievais e nos painéis do Renascimento foram produzidos a partir de lápis-lazúli.

No antigo Egito, o lápis-lazúli era a pedra favorita para amuletos e ornamentos; foi usado também pelos assírios e pelos babilônicos nos selos cilíndricos (locais onde se gravavam pinturas contando a história do povo). As escavações egípcias que datam de 3000 aC continham milhares de artigos como jóia, muitos feitos de lápis. Os lápis pulverizados foram usados por senhoras egípcias como uma sombra cosmética para o olho.

Como inscrito no capítulo 140 do Livro dos Mortos egípcio, o lápis-lazúli, na forma de um olho ajustado no ouro, foi considerado um amuleto de grande poder. No último dia do mês, oferecia-se este olho simbólico, porque se acreditava que, nesse dia, um ser supremo colocou tal imagem em sua cabeça. Os antigos túmulos reais sumérios de Ur, situados perto do rio Eufrates no baixo Iraque, continham mais de 6000 estatuetas belamente executadas, de lápis-lazúli, de pássaros, cervos e roedores, bem como pratos, grânulos e selos de cilindro. Estes artefatos vieram indubitavelmente do material minado em Badakhshan no norte do Afeganistão.


É a pedra oficial do anel de formatura dos psicólogos, assim considerada a partir de 31 de março de 2006, pela Resolução nº 002/2006 do Conselho Federal de Psicologia brasileiro.



Fonte: Wikipédia

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