Os ideais do islã podem não incluir o ascetismo, mas apelam que se adote uma atitude séria em relação ao Juízo Final, num estilo de vida simples e responsável. Por isso muitos muçulmanos se indignaram com a vida luxuosa que passara a reinar na corte do califa de Bagdá. Eles desejavam levar uma vida puritana, de jejum e meditação.
Os sufis acreditavam:
- Deus era acima de tudo
- Deus era amoroso com quem o homem podia alcançar uma união mística
- Deus passara a morar dentro dele, portanto havia total unidade e harmonia entre Deus e ele.
Um século e meio depois de Halladj, Ghazali – tentou combinar a devoção do sufismo com os dogmas da corrente principal do islã. Após uma longa busca, tomou o caminho do misticismo, onde todos os desejos e todas as preocupações são afastadas para que o pensamento possa se concentrar em Deus. Ghazali foi um dos maiores pensadores do mundo. A conclusão dele foi que:
- a verdade mística, real e última não pode ser aprendida, mas deve ser experimentada por meio do êxtase
- oração, ou uma palavra que é repetida continuamente, por vezes acompanhada de determinados movimentos ou exercícios de respiração (técnica para entrar em transe)
- rosário e a repetição dos "99 mais belos nomes de Deus"
ascetismo
as.ce.tis.mo
sm (asceta+ismo) 1 Moral filosófica baseada no desprezo do corpo e das sensações corporais, e que tende a assegurar, pelos sofrimentos físicos, o triunfo do espírito sobre os instintos e as paixões; asceticismo. 2 Profissão de vida ascética; ascese.
califa
ca.li.fa
sm (ár Halîfa) Sucessor de Maomé como soberano temporal e espiritual dos muçulmanos.
dogma
dog.ma
sm (gr dógma) 1 Ponto ou princípio de fé definido pela Igreja. 2 Conjunto das doutrinas fundamentais do cristianismo. 3 Cada um dos pontos fundamentais de qualquer crença religiosa. 4 Fundamento ou pontos capitais de qualquer sistema ou doutrina. 5 Proposição apresentada como incontestável e indiscutível.
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Fonte: 'O Livro das Religiões' de Victor Hellern, Henry Notaker e Jostein Gaarder e Dicionário Michaelis
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