domingo, 20 de setembro de 2009

Profetas



Moisés

Profeta e legislador hebreu, fundador de Israel, ou do povo judeu. É venerado também no Islã onde é chamado de Musa. A história de sua vida é relatada nos livros Êxodo e Deuteronômio, do Antigo Testamento. Segundo estes relatos, nasceu em Gessém, região do antigo Egito, sua mãe colocou-o numa cesta no rio Nilo, de onde foi resgatado pela filha do faraó. Já adulto, Moisés matou um egípcio e teve que fugir. Tinha 80 anos quando Jeová (Javé) lhe apareceu em uma sarça ardente e ordenou que ele voltasse ao Egito para salvar seu povo da escravidão, guiando-os até a terra de Canaã, mais tarde denominada Palestina. Para ajudá-lo na tarefa, Jeová deu-lhe o poder de realizar milagres.

Moisés se apresentou, com seu irmão Aarão, diante do faraó que, somente após ter sofrido as 'sete pragas' enviadas por Deus, permitiu-lhe conduzir os hebreus à Canaã, porém logo se arrependeu. Quando chegaram ao mar Vermelho, um exército egípcio se aproximou e Moisés dividiu as águas. Os hebreus atravessaram pelo corredor central mas, quando os egípcios tentaram segui-los, as muralhas de água caíram sobre eles e os afogaram. Chegando ao Monte Sinai, Moisés subiu ao cume para falar com Jeová. Permaneceu ali por 40 dias e 40 noites e recebeu duas tábuas de pedra onde estavam gravados os Dez Mandamentos. A travessia do deserto durou 40 anos até a chegada à Canaã. Antes de morrer, Moisés entregou a liderança do povo a Josué. Embora seja difícil precisar as datas de seu nascimento e morte, numerosos especialistas contemporâneos afirmam que o êxodo aconteceu no século XIII aC. A tradição atribui a Moisés a autoria dos 5 primeiros livros do Antigo Testamento que constituem o Pentateuco.

Arca da Aliança – é mencionada no Antigo Testamento e simboliza o pacto de fé estabelecido entre Deus e os israelitas no Monte Sinai. Segundo a tradição, a Arca continha o Decálogo (os Dez Mandamentos), a vara de comando de Aarão e um recipiente com maná. Para os israelitas, a Arca representa Deus acompanhando os judeus durante a travessia do deserto. Desapareceu na tomada de Jerusalém, em 586, embora seja mencionada em lendas posteriores.

Calendário judaico – se inicia com a Criação do Mundo por Deus há mais ou menos 5 000 anos atrás.



Maomé
Principal profeta do Islã. As fontes sobre sua vida estão nos textos escritos, em árabe, por eruditos muçulmanos. Nasceu em Meca em 570, cidade da Arábia ocidental. Conta a lenda que, na juventude, visitou a Síria onde foi reconhecido como profeta por eruditos judeus e cristãos. Segundo a tradição, casou-se com Cadidja, de quem ficou viúvo, não voltando a contrair casamento. Tinha 40 anos quando vivenciou sua primeira experiência profética: em uma caverna do Monte Hira, nos arredores de Meca, o arcanjo Gabriel ordenou-lhe "pregar" (iqra). Enquanto viveu, continuou a ter revelações, todas compiladas depois de sua morte (em 632), para elaboração do Alcorão.

Seus primeiros seguidores, em Meca, não eram numerosos e tinham a reprovação da maioria dos habitantes da cidade por subverterem a religião politeísta dos antepassados e atrapalharem os lucros das grandes caravanas que paravam em Meca para se reabastecer e adorar os diversos ídolos. Os habitantes de Meca fizeram tanta oposição a Maomé que, em 622, depois de uma fracassada tentativa de obter ajuda na cidade de Taif, o profeta transferiu-se para a localidade de Yatrib, aproximadamente 300 km ao norte. Esse acontecimento, cohecido como Hégira, foi o marco inicial do calendário muçulmano. Em Yatrib estabeleceu-se a primeira comunidade (umma). Mais tarde, Yatrib passou a ser conhecida pelo nome de Medina.

A princípio, a comunidade dirigida por Maomé era formada por muçulmanos que conviviam em paz com os judeus residentes na cidade. Nos anos seguintes à Hégira, as tribos vizinhas começaram a aderir ao Islã e a Caaba, que se tornara o centro das ideias do Islã, foi aberta aos muçulmanos.

Após a conquista de Meca, a autoridade de Maomé continuou a se expandir por toda a Península Arábica, chegando ao sul da Síria. Em 632, Maomé viajou, pela última vez, de Meca a Medina, para realizar as cerimônias da peregrinação (haj). Morreu pouco depois de chegar a Medina.

Numerosos especialistas modernos reconhecem que a maioria dos relatos da vida de Maomé são autênticos e explicam seu sucesso como profeta através da analise de fatores econômicos, políticos e sociais. Os estudiosos não muçulmanos insistem, especialmente, na importância das rotas comerciais do oeste da Arábia e nas condições sociais das tribos beduínas que teriam favorecido o crescimento da nova religião.


Origem: Enciclopédia Microsoft Encarta (1993-1999)

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