O alecrim (Rosmarinus officinalis) é um arbusto comum na região do Mediterrâneo. Devido ao seu aroma característico, os romanos designavam-no como rosmarinus, que em latim significa orvalho do mar. Como qualquer outro nome vernáculo, o nome alecrim é por vezes usado para referir outras espécies, nomeadamente o rosmaninho. No entanto estas espécies de plantas, alecrim e rosmaninho, pertencem a dois géneros distintos, Rosmarinus e Lavandula, respectivamente, e as suas morfologias denotam diferenças entre as duas espécies, em particular, a forma, coloração e inserção da flor. Arbusto muito ramificado, sempre verde, com hastes lenhosas, folhas pequenas e finas, opostas, lanceoladas. A parte inferior das folhas é de cor verde-acinzentada, enquanto a superior é quase prateada. As flores são de cor azul ou esbranquiçada. Floresce quase todo o ano e não necessita de cuidados especiais nos jardins.
Toda a planta exala um aroma forte e agradável. Utilizada com fins culinários, medicinais, religiosos, a sua essência também é utilizada em perfumaria, como por exemplo, na produção da água-de-colônia, pois contém tanino, óleo essencial, pinemo, cânfora e outros princípios ativos que lhe conferem propriedades excitantes, tônicas e estimulantes. A sua flor é muita apreciada pelas abelhas produzindo assim um mel de extrema qualidade. Há quem plante alecrim perto de apiários, para influenciar o sabor do mel. Devido à sua atratividade estética e razoável tolerância à seca, é utilizado em arquitetura paisagística, especialmente em áreas com clima mediterrânico. É considerada fácil de cultivar para jardineiros principiantes, tendo uma boa tolerância a pragas.
Utilização culinária – fresco (preferencialmente) ou seco, é apreciado na preparação de aves, caça, carne de porco, salsichas, lingüiças e batatas assadas. Na Itália é utilizado em assados de carneiro, cabrito e vitela. Em churrascos, recomenda-se espalhar um bom punhado sobre as brasas do carvão aceso, perfumando a carne e difundindo um agradável odor no ambiente. Pode ser utilizado ainda em sopas e molhos.
A medicina popular – recomenda o alecrim como um estimulante para todas as pessoas atacadas de debilidade, sendo empregado também para combater as febres intermitentes e a febre tifóide. Uma tosse pertinaz desaparecerá com infusões de alecrim, que também se recomendam a todas as pessoas cujo estômago seja preguiçoso para digerir. Também apresenta propriedades carminativas, emenagogas, desinfectantes e aromáticas. Uma infusão de alecrim faz-se com 4 gramas de folhas por uma chávena de água a ferver. Toma-se depois das refeições.
Utilização religiosa – em templos e igrejas, o alecrim é queimado como incenso desde a antigüidade. Na Igreja Ortodoxa grega, o seu óleo é utilizado até aos nossos dias, para unção. Nos cultos de religiões afro, como umbanda e candomblé, é utilizado em banhos e como incenso.
(Fonte: Wikipédia)
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